A cada dia uma novidade. Uma, não. Várias. Assim se apresenta o mundo digital diante dos meus olhos. E eu, analógica, antiquada e retrógrada que sou, tento acompanhar em vão.
Sempre atrás do tempo, mas nunca parada. Constantemente tentando, se não alcançar, ao menos vislumbrar esse horizonte amedrontador para meros mortais, que, como eu, ousam não nascer eletrônicos. Não gostam de tecnologias, preferem o antigo, ultrapassado, o velho, mesmo.
Ainda assim, não abrimos mão de ver – e quiçá até experimentar – o presente, esse futuro atual sem fim, que atropela e é atropelado simultaneamente. Onde as novidades não duram nada porque logo após o lançamento já são consideradas obsoletas. Onde a corrida contra o tempo é perdida, não importa a que velocidade se corra.
Se é neste mundo em que vivemos, e não nos resta alternativa, precisamos de algum modo interagir com essa realidade virtualmente concreta. E por que não através de um blog? E por que não digitar estas aflições? Compartilhar minhas dificuldades nessa vida moderna, e quem sabe até encontrar quem comigo se identifique?
Fale comigo sobre as suas angústias digitais. Prometo, apesar das limitações que carrego, tentar te responder e quem sabe consolar. No mínimo, poderemos chorar juntos.
